


CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA
O alto grau de infecção pelo SARS-CoV-2 levou muitos países (China, Itália, Espanha, Brasil, Chile etc.) a adotar o modelo de quarentena e isolamento social a fim de evitar uma disseminação acelerada que levasse ao colapso do sistema de saúde. Enquanto o MERS levou cerca de dois anos e meio para infectar 1000 pessoas e a SARS levou aproximadamente 4 meses, o novo SARS-CoV-2 alcançou esse valor em apenas 48 dias (BOULOS e GERAGHTY, 2020).
Sun et al. (2020) explicam que o isolamento social pode causar sofrimento psicológico, especialmente o desenvolvimento de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), que levará a sintomas crônicos, como memórias intrusivas, comportamentos, irritabilidade e entorpecimento emocional, se não for tratado.
Brooks et al. (2020) realizaram uma revisão da literatura em 3166 artigos, buscando entender os efeitos de uma quarentena. Os autores [4] afirmam que existem alguns efeitos durante a quarentena (efeitos psicológicos negativos, confusão, raiva, depressão) e outros pós-quarentena (perda de autonomia financeira, estigmatização, aversão social e depressão).
Em um estudo realizado na China sobre o COVID-19 com 1210 entrevistas em 193 cidades constatou-se que as mulheres, seguidas dos estudantes, são os grupos que relataram maior impacto psicológico, ficando atrás apenas dos trabalhadores de linha de frente na área da saúde (WANG, et al., 2020).
OBJETIVO
Prestar apoio às Instituições na Análise, Acompanhamento e Assistência de suas comunidades em período de isolamento/quarentena, por conta do COVID-19.
SOLUÇÃO PROPOSTA
Criação de uma plataforma para prestar apoio às Instituições na Análise, Acompanhamento e Assistência (A3) de suas comunidades em período de isolamento/quarentena, por conta do COVID-19. O nome de divulgação da iniciativa nas redes sociais é #tobememcasa.
ENTENDA COMO A PLATAFORMA FUNCIONA
A plataforma é dividida em três etapas (Análise, Acompanhamento e Assistência) que visam contemplar as ações preconizadas por Wang et al. (2020) com a finalidade de reduzir os efeitos psicológicos em cidadãos em isolamento/quarentena:
Análise e Acompanhamento
i. identificar grupos de risco;
ii. conhecer as necessidades psicológicas;
Assistência
iii. fornecer informações precisas sobre saúde durante a epidemia para reduzir o impacto de notícias não confiáveis;
iv. garantir uma gama de serviços de atenção psicológica de modo on-line;
v. estabelecer precauções específicas, como não compartilhar talheres, pratos, toalha de banho, lavar as mãos e usar álcool em gel.
PARCEIROS QUE ADOTARAM A PLATAFORMA
EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL
EQUIPE DATA LAB
ANA CARLA BITTENCOURT REIS
Pesquisa Operacional
ARI MELO MARIANO
Data Science
SIMONE BORGES SIMÃO MONTEIRO
Gestão da Qualidade e de Projetos e Gestão por Processos
Centro Universitário de Brasília
FELIPE BURLE DOS ANJOS
Psicologia
Currículo Lattes
Instituto Federal de Brasília
MARA LUCIA CASTILHO
Análise do Discurso, Análise do Conteúdo e Educação
Universidade de Brasília
Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares
MAÍRA ROCHA SANTOS
Demografia e Políticas Públicas
Universidade Estadual de Santa Cruz- Bahia
Departamento de Ciências Biológicas
ANA PAULA MELO
Saúde Pública, Parasitologia e Análises Clínicas
PEDRO COSTA CAMPOS FILHO
Microbiologia e Análises Clinicas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOULOS, Maged N. Kamel; GERAGHTY, Estella M. Geographical tracking and mapping of coronavirus disease COVID-19/severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) epidemic and associated events around the world: how 21st century GIS technologies are supporting the global fight against outbreaks and epidemics. 2020.
BROOKS, Samantha K. et al. The psychological impact of quarantine and how to reduce it: rapid review of the evidence. The Lancet, 2020.
SUN, Luna et al. Prevalence and Risk Factors of Acute Posttraumatic Stress Symptoms during the COVID-19 Outbreak in Wuhan, China. medRxiv, 2020.
WANG, Cuiyan et al. Immediate psychological responses and associated factors during the initial stage of the 2019 coronavirus disease (COVID-19) epidemic among the general population in china. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 17, n. 5, p. 1729, 2020.